terça-feira, 8 de março de 2011

Aprender e ensinar para sempre

Aprender e ensinar para sempre

No século XX, na década de cinqüenta, quando nasci,  apareceu um anjo "com óculos",  trazendo meus presentes: um livro de ouro num braço e no outro um notebook de prata e disse: - Vai menina aprender muito e distribua seu conhecimento. Eu achei aquilo bom, assim tornei-me estudante e professora para sempre.
Ainda bem pequena, enquanto meus irmãos brincavam de circo, vendedor ou dentista, meu “fazer de conta” era ler e corrigir com meu lápis vermelho os textos das revistas “Reader’s Digest”, “O Cruzeiro” e gibis que tínhamos em casa. Minha amiga Toninha, às vezes, era a professora, outras eu era.
Na quarta série ginasial, minha professora elogiava as minhas redações, e com este pequeno conhecimento, comecei a “dar” aulas particulares de Português aos filhos do dono da quitanda. Meus pequenos alunos conseguiram tirar o diploma primário, vitória para eles e para a jovem professora. Minha mãe também comemorou, pois os honorários foram pagos com o abatimento do valor das aulas na caderneta, onde eram marcadas as compras das frutas e verduras.
Os anos sessenta corriam e era hora de vestibular, a escolha da faculdade: de Letras ou Pedagogia? Acabei fazendo as duas.
Assim, nunca mais deixei de “dar” aulas, primeiro pelo prazer em aprender e ensinar e segundo para cumprir as palavras do anjo.
Hoje, oriento os alunos na Sala de Leitura da “minha” escola e me sinto incluída na vida estudantil do século XXI.
Ah, estou aprendendo a usar o notebook de prata, meu blog:
notebookdeprata.blogspot.com, podem acessar.

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